Câncer Animal: Conscientização e Combate no Setembro Lilás

1. O que é o setembro lilás?

O setembro lilás é o mês dedicado a conscientização e combate do câncer animal, doença que tem acometido muito cães e gatos atualmente. O objetivo do setembro lilás é difundir as informações sobre o câncer animal para auxiliar os tutores na prevenção e no diagnóstico precoce da doença, garantido a proteção dos seus bichinhos.

2. O que é o câncer animal?

A neoplasia, que pode ser benigna ou maligna, corresponde ao crescimento anormal dos tecidos do organismo de forma não-responsiva aos mecanismos de controle de crescimento. As células começam a se proliferar de forma desordenada devido a uma série de mutações no seu DNA.

Essas mutações podem ter influências genéticas, ambientais ou alimentares. Alguns fatores podem acelerar a velocidade dessas mutações, como por exemplo, eventos genéticos espontâneos, eventos genéticos hereditários ou estímulos externos biológicos (hormônios, vírus), físicos (raios UV, radiação) ou químicos.

A neoplasia benigna é caracterizada pela presença de um tumor não-cancerígeno (benignos) no organismo dos animais. Os tumores benignos apresentam taxa de crescimento lenta, crescem ao se expandir pelo tecido e não cursam com metástase.

A neoplasia maligna, ou câncer, é caracterizada pela presença de um tumor cancerígeno (maligno) no organismo dos animais. Os tumores malignos apresentam taxa de crescimento rápida, crescem  ao invadir e se infiltrar no tecido e cursam com metástase.

A metástase é o processo pelo qual as células tumorais se disseminam pelos vasos sanguíneos ou vasos linfáticos para outros lugares do corpo, como pulmão e cérebro, por exemplo.

3. Quais são os tipos de câncer mais comuns em cães e gatos?

Os tipos de câncer mais comum em cães e gatos atualmente são o câncer de mama, o câncer de pele e o linfoma. Alguns tipos comuns de tumores estão listados abaixo.

Papiloma: nódulos pequenos que lembram uma couve-flor na mucosa oral de cães; são induzidos por vírus; podem regredir espontaneamente; mais comum em cães com até 1 ano de idade.

Tumor venéreo transmissível: lesões na vulva, vagina, pênis, prepúcio, mucosa oral e nasal; transmissão pelo coito, sendo mais comum em animais de rua.

Linfoma: tumor de células linfóides; linfonodos com aumento de volume; mais comum em animais de meia idade.

Carcinoma de células escamosas: tumor de pele, que pode ocorrer em qualquer parte do corpo; lesão erosiva; mais comum em animais mais idade.

Mastocitoma: tumor de mastócitos; nódulo de crescimento lento; pode ocorrer em animais de qualquer idade.

Osteossarcoma: tumor de ossos longos próximos às articulações de crescimento rápido; incapacidade de apoiar a pata no chão, inchaço, dor.

4. Quais são os sinais clínicos do câncer animal?

Os sinais clínicos do câncer animal dependem muito do tipo de tumor. Algumas vezes, os sinais clínicos podem ser inespecíficos, como emagrecimento, febre, prostração, vômito e diarréia. Alguns tumores podem cursar com aumento de volume em determinada região do corpo ou lesões cutâneas pelo corpo.

Alguns tipos de tumores podem vir acompanhados de alterações sistêmicas, como hipertermia, anemia, caquexia, distúrbios na coagulação e neuromiopatia, sendo chamadas de síndrome paraneoplásica.  Exemplos desses tumores são o linfoma, o carcinoma, o mastocitoma e o osteossarcoma.

5. Como é feito é o diagnóstico do câncer animal?

O diagnóstico do câncer animal é realizado por médicos veterinários a partir do exame físico do paciente, exames de sangue e exames complementares de imagem. A radiografia torácica e a ultrassonografia abdominal auxiliam na pesquisa de metástase.

O diagnóstico definitivo é realizado por meio do exame de biópsia, o qual consiste na coleta de material do tumor e a sua análise em microscópio, permitindo assim identificar o tipo e o grau do tumor.

Importante: o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento! Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, mais chance o tratamento tem de ser eficaz.

6. Como é feito o tratamento do câncer animal?

O tratamento do câncer animal depende do estado geral do paciente, do tipo e do grau do tumor e o seu objetivo pode ser erradicar o câncer ou estacionar a sua evolução, melhorando a qualidade de vida do paciente.

As opções de tratamento do câncer animal são a cirurgia para remoção de tumores maiores, a criocirurgia (aplicação de nitrogênio líquido), a quimioterapia (uso de medicamentos específicos) e a radioterapia (uso de radiação ionizante), as quais promovem a destruição das células tumorais, e o tratamento multimodal, o qual consiste na combinação das opções anteriores.

7. Como é feita a prevenção do câncer animal?

A prevenção do câncer animal pode ser feita principalmente por meio de consultas periódicas ao médico veterinário, para que o profissional avalie o paciente e realize exames de rotina a fim de identificar alterações que podem representar um possível risco para o paciente. A frequência ideal para o check up em cães e gatos é anual para animais adultos e semestral para animais idosos.

Além disso, a castração é uma medida para prevenção do câncer de mama, de útero e de ovário em fêmeas e do câncer de testículo em machos. Para fêmeas, o ideal é que a castração seja realizada antes do primeiro cio para que a prevenção contra o câncer de mama seja mais eficaz.

Para fêmeas não castradas, é importante realizar a palpação das mamas e da região ao redor das mamas para a detecção de nódulos, porém essa prática não substitui o acompanhamento veterinário! Se algum nódulo for detectado, deve ser procurado o atendimento veterinário imediato.

Para a prevenção do câncer de pele, é necessário fazer a exposição solar controlada e uso de protetor solar. A recomendação é evitar o horário das 10:00 às 16:00 no verão e aplicar protetor solar diariamente nos animais expostos ao sol, principalmente nos animais de pelagem branca. O produto deve ser específico para cães e gatos, deve ter FPS mínimo de 30 e deve ser aplicado 30 minutos antes da exposição, principalmente nas áreas com menos pelos, como orelhas, ao redor dos olhos, focinho, barriga e regiões em que há falha do pelo. Também é necessário fazer a reaplicação do produto, conforme orientação de cada fabricante.

Ainda, uma alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas são fundamentais para a manutenção da saúde dos animais e para o combate à obesidade, que é um fator de risco para o desenvolvimento de câncer em diversos órgãos.

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